Resposta da atividade do curso “Tecnologias
na Educação”.
Desenvolvo uma prática dialógica
com meus alunos? Ouço suas idéias, dúvidas, curiosidades?
Honestamente? Não. Aliás, acredito que, em se tratando da educação no Brasil,
noventa e nove por cento - e não sei se existe o um por cento restante- não
possui uma prática fundamentada no diálogo com fins pedagógicos.
As minhas iniciativas dialógicas, quando estive na sala de aula, eram
incipientes, tímidas e não atendiam aos anseios de uma geração inquieta e cheia
de novidades. Mas, atendia as regras das ideologias vigentes, as quais, pelo
poder do tempo - são seculares –, já estão bem assimiladas por todos, menos
pela maioria daqueles que se movem num oceano de expectativas de novas
aprendizagens.
O pouco que fazia pelos meus alunos estava fundamentado muito mais na
prática da observação de suas inquietudes, do que na escuta daquilo que eles
verdadeiramente queriam.
Acredito que, ainda hoje, apesar de alguns avanços, a centralidade do
fazer dos professores fundamenta-se naquilo que eles acham que os alunos
necessitam. E mais, o que vejo na educação, neste país, não acena para grandes
mudanças, pois as iniciativas dos órgãos governamentais são mais burocráticas
e/ou eleitoreiras, do que verdadeiramente transformadoras, criadoras de
perspectivas reais e contextualizadas.
Antônio José.